Não é só no nordeste, na Bahia, em que as religiões
afrodescendentes são cultuadas. No
sul também se mantém vivo o elo com a África e suas tradições. É o que mostra o
etnodocumentário “O Batuque gaúcho”. Ele traz uma parte pouco conhecida da
cultura do Rio Grande do Sul que foi construída pelos africanos em torno da
religiosidade dos orixás. Conhecido como batuque ou nação, a religião africana
moldou a identidade gaúcha que carrega várias referências africanas, desde as
palavras, comidas, danças, música e espiritualidade. Esse filme expõe a
ancestralidade africana contemporânea que molda o modo de vida e as relações
sociais dos que são filhos de santo e dos que não são.
O documentário é narrado com depoimentos, dança e celebração.
Ao longo da narração, além de explicar as características dos orixás, é
diferenciando a diferença do Batuque para outras religiões: “A diferença entro
o batuque e outras religiões afrodescendentes é puramente litúrgica. Ideológica
e filosoficamente são a mesma coisa. O orixá cultuado pelos gaúchos é o mesmo
cultado pelo Candomblé da Bahia, ou no Xangó, no Recife, ou no Vodum, no Tambor
de Mina do Maranhão”, explica Bàbá Hendrix de Òrúnmìlá, historiador e teólogo.
Ficha Técnica
Produzido pelo Iphan
26 minutos
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