Sei que não se deve bater em quem
está caído, como fez o Choque no dia 29 com os manifestantes. Contudo, não há
como deixar de se observar que Fernando Franceschini é um político covarde.
Covarde na prática, não na valentia. Não a toa cabe-lhe o apelido “Valentão do
PIG” e “Batman das Araucárias”. Pois sua carreira se sustenta em um imenso gogó
e em pouca ação política construtiva. Cinco episódios recentes confirmam a característica
de covarde.
O primeiro deles foi realizar uma
campanha política ausente de propostas e centrada no ódio e no preconceito.
Não se via em sua plataforma qualquer discurso ou iniciativa relacionada à
redução da violência, uma vez que é policial federal. A escolha de
Franceschini, pelo contrário, foi no sentido de marginalização dos movimentos
sociais, no discurso fácil da redução da maioridade penal e, principalmente, no
ataque a um partido político sem oferecer qualquer alternativa de
desenvolvimento como reforma política e partidária. Com o bordão “Fora Dillma e
leve o PT junto”, ele se elegeu com votos reacionários e conservadores.
O segundo episódio de covardia
ocorreu quando ele, já secretário de segurança pública, aparece em programa
policial com uma pistola na cintura. Imagem digna de pistoleiro, de faroeste.
Na conversa, o conteúdo era o que menos importava. A escolha foi pelo
convencimento através da intimidação. Muita gente aplaudiu a atitude, afinal,
bandido bom é bandido morto e a lei se fazia presente. Contudo, o revólver
pendurado na cintura impede que quem está do outro lado possa fazer um
confronto de ideias sem temer o saque da arma
.
Por outro lado, é justamente o
terceiro momento em que a aparente valentia se transforma em covardia. Isso
ocorre quando a ‘autoridade’, durante a primeira greve dos professores, é
impedida por um professor de permitir a entrada dos “Deputados do Camburão”
para votar o saque na previdência. A imagem de Franceschini, se escondendo
atrás da tropa, dá a dimensão de uma sociedade que grita muito, bate panela,
mas no mano a mano, se esconde até do debate.
Fuga que se repetiu ao tentar se
eximir do massacre nos servidores públicos culpando a mesma tropa. Ora, até as
capivaras de Curitiba sabiam que havia sede de vingança, que o forte aparato
policial e às duas horas de bombas visavam também restabelecer a imagem da
autoridade pública. Contudo, o que a covardia bombada não previa era a
musculatura da opinião pública. Do pior jeito, Franceschini aprendeu que não
basta se segurar em uma campanha anti-partidária para ter apoio da sociedade.
Ao perceber isso, pois a culpa na PM, que se rebelou.
O último ato de covardia se
desenhou ao tentar ficar no cargo. Ao implorar, segundo fontes oficiais, ao
governador para ser mantido. Afinal, o Batman não podia ser derrotado e
Curitiba City não podia ficar a mercê dos malvados Black blocs – mais este
clichê sustentando por Franceschini. Tivesse saído, feito elogio a tropa e
admitido alguns excessos, poderia manter em estima para muitos a sua imagem. Sairia
injustiçado. Mas preferiu rastejar e acusar as forças policiais. Como servidor
público, ele deveria conhecer a máxima: “governantes passam, a instituição fica”.
Agora, enfim Franceschini cai como
covarde. Ou é empurrado por outro covarde um pouco mais forte que anda balançando.
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