Faixa de
Gaza
Corre em sua
bandeira o sangue,
escorre sobre
sua história a vergonha
cobre sua
moral a amarga cinza
O leite, à
criança, é escasso
A lágrima não
se abranda
A separação se
faz presente
Assim como o
divórcio da tolerância
A esperança é
uma navalha
que pode
aparar os excessos
ou degolar os
desatinos
Tudo depende
da mão
que se estende
ao adventício
ou prefere
apertar o gatilho
E no próximo horizonte,
antes que o flamejante
arrebol ceife vidas,
que os ventos
ceivem o cessar fogo
11 julho 2014 –
Manolo Ramires
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